VIAGENS NA MINHA TERRA
Almeida dos (CI)Garrettes
História nº 1
Paço-Arquianos - Seres Encantados da RIAPA
Paço-Arquianos - Seres Encantados da RIAPA
Os Seres de Primeira Categoria (ou Elementares) são o Mocho, o Tubarão, a Tita dos Pés Sujos, o Focas das Docas, o Ratinho Blanco, o Cociolo, o Graise, o Chico Sá, o Velhinho, o Álhi, o Craveiro Lopes, o Serapito, o Ginja, o Estalinho, o Carlos Ponta, o Bajoulo, o Mac Macléu Ferreira, o Milhas, o Pierre-Pomme-de-Terre e o Ánhuca. Os Seres de Segunda Categoria (ou Complementares) são o Irmão do Milhas, o Taka, o Grilo, o Pingalim, o Trovão, o Bigornas, o Zé Luís, o Zé Fotógrafo, o Zé de Porto Salvo o Capitão Porão, o João da Fruta, o Toguinha e o Zé da Fruta. Todos estes Seres Encantados são chamados Paço-Arquianos, porque são os representantes dos quatro territórios: Paço de Arcos de Baixo, Paço de Arcos de Cima, Tapada do Mocho e Casa do Milhas (com a Terrugem incluída).Os Elementares são os representantes de Deus na Terra, cuidando dos jardins, dos recheios das casas, da mulher do coveiro e das contas bancárias.Os Complementares dinamizam a vida dos habitantes de Paço de Arcos tornando-a hilariante.Quando algum objecto de casa desaparece, só pode ser o Grilo, o Pierre-Pomme-de-Terre ou o Zé de Porto Salvo; quando o seu filho de 10 anos lhe disser que um senhor muito simpático lhe ofereceu um lanche e o convidou para ver uns filmes no dia seguinte, na sua casa, só pode ser o velho Capitão Porão. Os Seres Paço-Arquianos são muito brincalhões, adoram sumo de cevada e são criaturas nocturnas. Enquanto os humanos dormem, eles trabalham e divertem-se, excepto o Bajoulo que já não consegue levantar-se. O Pierre-Pomme-de-Terre é o mais viajado, principalmente depois do desfalque que deu na empresa. Foi visto ultimamente numa ilha açoriana a tratar dos negócios dos autóctones. O Trovão é o mais pequeno, medindo 90 cm de altura e sem forma definida. Existe uma lenda que conta que de todas as vezes que um humano diz que não acredita em Paço-Arquianos, apanha com uma dose de Litopol.
História nº 2
Os Paço Arquianos
A diferença entre os Paço Arquianos e os Outros não é uma diferença quantitativa, mas sim ontológica. E esta diferença não pode ser esquecida nem subestimada. É perceptível na literatura da Terrugem. Para sintetizar metaforicamente essa diferença, poderemos explicá-la da seguinte maneira: na Praça de Paço de Arcos a tainha do esgoto linda pescada pelo Vilas, articula-se em tornpo da loja do João Gordo, e com certa regularidade o Ratinho leva uma carcaça e papa a petinga da mulher do coveiro. Esta experiência de Selecção do Peixe, exclusivamente Paço Arquiana, não é conhecida por nenhum português. É baseada em testemunhos directos, factuais, puramente narrativos, que es podem contar por milhares, e aos quais se juntam umas quantas tentaticvas mais elaboradas de uma escrita que Bigornas qualificou de "filtrada".
História nº 3
A Campanha do Seixal
Parte I
A 18 de Abril de 1589 o célebre Corsário e Almirante Paço Arquiano, Sir Francisco Americano Traque, partia da Praia Velha rumo ao Seixal. Esta foi uma das maiores expedições navais do século XVI, antes da construção da Ponte Salazar. A bordo da Armada seguiam os valorosos soldados da Real Casa de Guélas, Prior da RYAPA, grande vitorioso da Batalha do Litopol, contra os vermelhucos do Cine-Teatro de Paço de Arcos e o seu filme "Solaris", que só foi visto pelo povo durante cinco minutos.Na chalupa da frente, "A Deusa", D. Bajoulo de Portugal e Terrugem, comandava um contingente de 25 soldados, mostrando ao mundo que a RYAPA passava à ofensiva pelo domínio da Vila de Paço de Arcos sobre o Éter.A RYAPA tencionava repetir o êxito dos ataques-surpresa à Casa do Barnabé, um antro de seixalenses caviar, que ficou de rastos, obrigando-o a fechar-se no seu castelo, com pavor. Com isto alcançou-se uma grande vitória.Sir Francisco Americano Traque investia, desta vez, contra o Grande Canzoada, com o objectivo prioritário de destruir as unidades soviéticas social-fascistas do Seixal e interceptar a "Frota do Loiças", um castelhano de voz amaricada e sabedoria feita na recolha de camisinhas nas praias de Algés. Após a largada, quatro blogues rafeiros desertaram do Seixal e prometeram fidelidade eterna ao D. Guélas, enviando mensagens de apoio ao Grande Líder.A 6 de Maio chegaram a Belém e deram de caras com quatro nativos a paparem uns conguitos nos jardins. D. Bajoulo de Portugal ordenou um desembarque relâmpago contra os galifões que estavam a abusar dos cocos e trouxe-os, sob prisão, para a chalupa. Fica aqui o relato do cronista Ánhuca, feito para a "Voz de Paço de Arcos":
"(...) O espanto foi tão grande quando D. Bajoulo puxou das cangalhas do marinheiro Mocho, com fundos de garrafa, e as pôs junto às suas órbitas. Viu quatro homens feitos a paparem as traseiras miúdas de quatro mancebos ainda sem cúelhos (...). No interrogatório ficou a armada a saber pertencerem os quatro cavaleiros à "Casa Real dos Erres", propriedade dos Panascas de Santarém. Os nomes não deixavam dúvidas que estavam apostados em mariquices: Sóacres, Gâmeda, Tenebroso e Ferritinhos (...). Tinham obrigado as quatro alminhas a fumar e a sentir a textura dos seus charutos. Os réus foram de imediato deitados ao rio, com pesos nos pés, antes que os seus amigos viessem amnistiá-los".
Pelas 10 horas da manhã de sexta-feira, 26 de Maio, o Seixal é surpreendido por uma esquadra de 80 navios (chalupas, cocos, repimpas e camaras de ar) manobrando ao largo. Perto das 16 horas Sir Francisco Americano Traque, dá ordem para o desembarque às forças de D. Tubarão e D. Trovão, que ocupam de imediato o primeiro Bar da terra.
"A comunistagem que fugia era tanta, que pareciam as pulgas a abandonarem o Lopes, depois do fidalgo Daniel lhe ter deitado umas barcaças de Xeltox. Deixaram para trás as donzelas, mais peludas que o capitão Porão, cada qual com um buço maior que a pintelheira de Dona Quitéria Barbuda (...). Nem para o B_ _ _ _E estas comunas servem, gritou o Alcaide Zé Pincél, pedindo desesperado aos Paço Arquianos que o levassem para a Gloriosa RYAPA".
Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas
Viva o Comandante Guélas
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