Sunday, April 24, 2005

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VIAGENS NA MINHA TERRA

Almeida dos (CI)Garrettes

Estórias de Encantar sobre Paço de Arcos

História nº 5

O "Caso Del Gado"

O roubo de gado foi um problema muito grave na pacata aldeia da Terrugem, em meados do século passado. Ainda sou do tempo em que roubaram a Quitéria e a devolveram uns dias depois com um enorme buço e sem as teias de aranha. O Craveiro Lopes não gostou da brincadeira e deu-lhe uma coça das antigas, que a deixou com um "olho à Belenenses". Soube-se mais tarde que tinha sido um engano, a Quitéria fora levada no meio do rebanho pelo pastor Ánhuca, que a confundira com a "Bigodaça", a ovelha com o melhor rabo da região PaçoArquiana. Mas o caso mais dramático, que envolveu todas as forças policiais da zona norte, foi o desaparecimento do Boi, que se dizia Cobridor, mas afinal era só de língua, o Del Gado. Na manada comportava-se como um verdadeiro General.O Del Gado era um Boi curioso e atento aos detalhes, abordando os assuntos de forma muito discreta. Era um Cobridor de Língua muito seguro, nunca se engasgava. Os companheiros chamavam-lhe o "Garganta Curta".Na noite de 13 para 14 de Fevereiro de 1965 algo se passou na Quinta dos Fideles. Os populares só se lembram dum barulho muito grande, "semelhante a um peido do Graise dado no Algarve na casa do Conan, no quarto ao lado do das primas, em que ele acusou o Mac Macléu Ferreira, apresentado no dia seguinre às primas, durante o pequeno-almoço", seguido dum enorme clarão "parecido com o que queimou os cu-elhos do Pilas, na casa da Guetrudes no Algarve, quando ele resolveu aproximar uma chama dum BIC, e peidar-se para cima dele" - contou-nos o popular Grilo.No dia seguinte deram por falta do Del Gado e da cabrita Arajá Rir. Rapto? Fuga? O assunto era grave, o Manelinho do Estrume estava foribundo. Tinham-lhe levado a Arajá Rir, a cabrita que lhe dera mais prazeres na vida. A população fez uma batida ao Ánhuca e descobriu-o colado com a cadela do Milhas, a "Laica". Só a pronta intervenção do Investigador do S.I.R. (Serviços de Informação da RIAPA) Joaquim Caça-Ratas, é que salvou o pastor dum linchamento.
- E o Del Gado e a Arajá Rir? - Perguntava indignado o povo.
- Foram vistos a caminho da Ar- Gélia - respondeu a Sesaltina, filha do Manuel Motorista.Fugiram para Ar-Gélia, a quinta do visconde Todo Boneco, aquele que nas cenas de ósculo no Cine-Teatro de Paço de Arcos gritava sempre,"espera aí que já cospes".
Mas havia outra ausência. O Pateta Alegre não tinha aparecido na pocilga para o jantar, mas ninguém referia o assunto.
- Nesta quinta o porco não tem classe, ideologia ou raça. É transversal, sai e entra quando quer - explicou o João da Quinta, coçando a cabeça e tirando a palha da boca.
- Este tipo não bate bem da tola - riu-se o inspector Joaquim Caça-Ratas.
- Deixa-o falar - pediu o colega Mac Macléu Ferreira.
- O Pateta Alegre é o emblema desta quinta - continuou o Sr. João. - Ele é o emblema da cretinização generalizada, do cinismo sem escrúpulos, da miséria política e do pensamento. Ele representa a censura genética, na sua república só se admitem porcos: o Só-Ares da Quinta dos Patos Bravos, o Akaide Santos, da Quinta dos Intrujões, etc. E o Pateta Alegre é um Senhor Porco!

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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Saturday, April 16, 2005

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VIAGENS NA MINHA TERRA

Almeida dos (CI)Garrettes

Estórias de Encantar sobre Paço de Arcos
(Continuação)
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História nº 4

A Campanha do Seixal

Parte II


Mal viram o capitão Pierre Pomme-de-Terre com o cartão levantado a dizer "Paço D'Arcos" e uma insígnia da Quitéria Barbuda, o Comuna-Chefe entregou a sede, que foi de imediato queimada, fazendo lembrar os bons velhos tempos de 75. Todos comemoraram a desinfestação, frades, pobres, trabalhadores, operários, fidalgos e camponesas. Agradeciam por os terem libertado de tão "vil e porca gente, que nem as criancinhas respeitam, porque as comem ao pequeno-almoço". (in "Receitas com Miúdos" - Edições Renovadores).O Capitão juntou-se ao Tenente Proveta e todos marcharam sobre o Comité Central, um antro de hereges escabrosos com donzelas peludas. A notícia do desembarque provocou o pânico na festa do "Avante". Nas primeiras horas da manhã os camaradas abandonaram o palco com os seus haveres, levando nas carroças, puxadas por trabalhadores, as suas fortunas. Dirigiram-se para o Barreiro e o Montijo.
"Vi, com estes olhos sagrados, levarem um velho vermelho chamado Barreirinhas, dentro de uma carroça carregada de estrume. Taparam-no com tanta bosta, que muita dela entrou-lhe pelos ouvidos e instalou-se dentro da cabeça" (in, "As Guerras Justas" - Edições Patrão Lopes)
Defronte de um pequeno castelo, um vermelhuco tinto, tentou resistir às forças do Comandante Guélas. Chamava-se Chico Esperto Loiças, e proclamava-se o único a poder falar de bosta de boi, pois já tinha provado muitas. Acabou por ser degolado na Ribeira, como era lógico. A etapa mais delicada da missão aproximava-se das Tropas Expedicionárias do Comandante Guélas: a desinfestação do "Curral dos Camaradas", um antro de xungosos e camponesas de bigode, lideradas pela mais fanhosa das fanhosas, a Katrina Eumacho, uma fêmea que amealhava quotas para o partido no Cais do Sodrá e em Monsanto, junto à Marreca. Albergava nessa altura entre as "canetas", o célebre Canhão do Diu, o marsápio do operário mais avantajado do Seixal. Na manhã de 1 de Junho o Exército Vermelho recolheu-se dentro da "Cooperativa de Reabilitação de Operários" e entulhou as portas com o lixo da sua campanha. Depois de um breve reconhecimento, as tropas Paço Arquianas comandadas pelo valorouso Bajoulo, entrincheiraram-se entre os Moinhos de Vento e a lija das 300 coroas, dominando todo o espaço e beneficiando de bons alojamentos no Bar 25.
"O Regresso foi feito ao sabor da maré, tendo os cruzados do Comandante Guélas sido recebidos pela populaça e alojados, como prémio, na famosa Pensão Moreira" (in, Roteiros do Sexo, Edições Capitão Porão)



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História nº 5

O "Caso Del Gado"

O roubo de gado foi um problema muito grave na pacata aldeia da Terrugem, em meados do século passado. Ainda sou do tempo em que roubaram a Quitéria e a devolveram uns dias depois com um enorme buço e sem as teias de aranha. O Craveiro Lopes não gostou da brincadeira e deu-lhe uma coça das antigas, que a deixou com um "olho à Belenenses". Soube-se mais tarde que tinha sido um engano, a Quitéria fora levada no meio do rebanho pelo pastor Ánhuca, que a confundira com a "Bigodaça", a ovelha com o melhor rabo da região PaçoArquiana. Mas o caso mais dramático, que envolveu todas as forças policiais da zona norte, foi o desaparecimento do Boi, que se dizia Cobridor, mas afinal era só de língua, o Del Gado. Na manada comportava-se como um verdadeiro General.O Del Gado era um Boi curioso e atento aos detalhes, abordando os assuntos de forma muito discreta. Era um Cobridor de Língua muito seguro, nunca se engasgava. Os companheiros chamavam-lhe o "Garganta Curta".
Na noite de 13 para 14 de Fevereiro de 1965 algo se passou na Quinta dos Fideles. Os populares só se lembram dum barulho muito grande, "semelhante a um peido do Graise dado no Algarve na casa do Conan, no quarto ao lado do das primas, em que ele acusou o Mac Macléu Ferreira, apresentado no dia seguinre às primas, durante o pequeno-almoço", seguido dum enorme clarão "parecido com o que queimou os cu-elhos do Pilas, na casa da Guetrudes no Algarve, quando ele resolveu aproximar uma chama dum BIC, e peidar-se para cima dele" - contou-nos o popular Grilo.
No dia seguinte deram por falta do Del Gado e da cabrita Arajá Rir. Rapto? Fuga? O assunto era grave, o Manelinho do Estrume estava foribundo. Tinham-lhe levado a Arajá Rir, a cabrita que lhe dera mais prazeres na vida. A população fez uma batida ao Ánhuca e descobriu-o colado com a cadela do Milhas, a "Laica". Só a pronta intervenção do Investigador do S.I.R. (Serviços de Informação da RIAPA) Joaquim Caça-Ratas, é que salvou o pastor dum linchamento.- E o Del Gado e a Arajá Rir? - Perguntava indignado o povo.- Foram vistos a caminho da Ar- Gélia - respondeu a Sesaltina, filha do Manuel Motorista.Fugiram para Ar-Gélia, a quinta do visconde Todo Boneco, aquele que nas cenas de ósculo no Cine-Teatro de Paço de Arcos gritava sempre,"espera aí que já cospes".
Mas havia outra ausência. O Pateta Alegre não tinha aparecido na pocilga para o jantar, mas ninguém referia o assunto.- Nesta quinta o porco não tem classe, ideologia ou raça. É transversal, sai e entra quando quer - explicou o João da Quinta, coçando a cabeça e tirando a palha da boca.- Este tipo não bate bem da tola - riu-se o inspector Joaquim Caça-Ratas.- Deixa-o falar - pediu o colega Mac Macléu Ferreira.- O Pateta Alegre é o emblema desta quinta - continuou o Sr. João. - Ele é o emblema da cretinização generalizada, do cinismo sem escrúpulos, da miséria política e do pensamento. Ele representa a censura genética, na sua república só se admitem porcos: o Só-Ares da Quinta dos Patos Bravos, o Akaide Santos, da Quinta dos Intrujões, etc. E o Pateta Alegre é um Senhor Porco!

Bigornas

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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Saturday, April 09, 2005

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VIAGENS NA MINHA TERRA

Almeida dos (CI)Garrettes

História nº 1

Paço-Arquianos - Seres Encantados da RIAPA

Os Seres de Primeira Categoria (ou Elementares) são o Mocho, o Tubarão, a Tita dos Pés Sujos, o Focas das Docas, o Ratinho Blanco, o Cociolo, o Graise, o Chico Sá, o Velhinho, o Álhi, o Craveiro Lopes, o Serapito, o Ginja, o Estalinho, o Carlos Ponta, o Bajoulo, o Mac Macléu Ferreira, o Milhas, o Pierre-Pomme-de-Terre e o Ánhuca. Os Seres de Segunda Categoria (ou Complementares) são o Irmão do Milhas, o Taka, o Grilo, o Pingalim, o Trovão, o Bigornas, o Zé Luís, o Zé Fotógrafo, o Zé de Porto Salvo o Capitão Porão, o João da Fruta, o Toguinha e o Zé da Fruta. Todos estes Seres Encantados são chamados Paço-Arquianos, porque são os representantes dos quatro territórios: Paço de Arcos de Baixo, Paço de Arcos de Cima, Tapada do Mocho e Casa do Milhas (com a Terrugem incluída).Os Elementares são os representantes de Deus na Terra, cuidando dos jardins, dos recheios das casas, da mulher do coveiro e das contas bancárias.Os Complementares dinamizam a vida dos habitantes de Paço de Arcos tornando-a hilariante.Quando algum objecto de casa desaparece, só pode ser o Grilo, o Pierre-Pomme-de-Terre ou o Zé de Porto Salvo; quando o seu filho de 10 anos lhe disser que um senhor muito simpático lhe ofereceu um lanche e o convidou para ver uns filmes no dia seguinte, na sua casa, só pode ser o velho Capitão Porão. Os Seres Paço-Arquianos são muito brincalhões, adoram sumo de cevada e são criaturas nocturnas. Enquanto os humanos dormem, eles trabalham e divertem-se, excepto o Bajoulo que já não consegue levantar-se. O Pierre-Pomme-de-Terre é o mais viajado, principalmente depois do desfalque que deu na empresa. Foi visto ultimamente numa ilha açoriana a tratar dos negócios dos autóctones. O Trovão é o mais pequeno, medindo 90 cm de altura e sem forma definida. Existe uma lenda que conta que de todas as vezes que um humano diz que não acredita em Paço-Arquianos, apanha com uma dose de Litopol.

História nº 2
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Os Paço Arquianos

A diferença entre os Paço Arquianos e os Outros não é uma diferença quantitativa, mas sim ontológica. E esta diferença não pode ser esquecida nem subestimada. É perceptível na literatura da Terrugem. Para sintetizar metaforicamente essa diferença, poderemos explicá-la da seguinte maneira: na Praça de Paço de Arcos a tainha do esgoto linda pescada pelo Vilas, articula-se em tornpo da loja do João Gordo, e com certa regularidade o Ratinho leva uma carcaça e papa a petinga da mulher do coveiro. Esta experiência de Selecção do Peixe, exclusivamente Paço Arquiana, não é conhecida por nenhum português. É baseada em testemunhos directos, factuais, puramente narrativos, que es podem contar por milhares, e aos quais se juntam umas quantas tentaticvas mais elaboradas de uma escrita que Bigornas qualificou de "filtrada".
História nº 3
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A Campanha do Seixal

Parte I

A 18 de Abril de 1589 o célebre Corsário e Almirante Paço Arquiano, Sir Francisco Americano Traque, partia da Praia Velha rumo ao Seixal. Esta foi uma das maiores expedições navais do século XVI, antes da construção da Ponte Salazar. A bordo da Armada seguiam os valorosos soldados da Real Casa de Guélas, Prior da RYAPA, grande vitorioso da Batalha do Litopol, contra os vermelhucos do Cine-Teatro de Paço de Arcos e o seu filme "Solaris", que só foi visto pelo povo durante cinco minutos.Na chalupa da frente, "A Deusa", D. Bajoulo de Portugal e Terrugem, comandava um contingente de 25 soldados, mostrando ao mundo que a RYAPA passava à ofensiva pelo domínio da Vila de Paço de Arcos sobre o Éter.A RYAPA tencionava repetir o êxito dos ataques-surpresa à Casa do Barnabé, um antro de seixalenses caviar, que ficou de rastos, obrigando-o a fechar-se no seu castelo, com pavor. Com isto alcançou-se uma grande vitória.Sir Francisco Americano Traque investia, desta vez, contra o Grande Canzoada, com o objectivo prioritário de destruir as unidades soviéticas social-fascistas do Seixal e interceptar a "Frota do Loiças", um castelhano de voz amaricada e sabedoria feita na recolha de camisinhas nas praias de Algés. Após a largada, quatro blogues rafeiros desertaram do Seixal e prometeram fidelidade eterna ao D. Guélas, enviando mensagens de apoio ao Grande Líder.A 6 de Maio chegaram a Belém e deram de caras com quatro nativos a paparem uns conguitos nos jardins. D. Bajoulo de Portugal ordenou um desembarque relâmpago contra os galifões que estavam a abusar dos cocos e trouxe-os, sob prisão, para a chalupa. Fica aqui o relato do cronista Ánhuca, feito para a "Voz de Paço de Arcos":
"(...) O espanto foi tão grande quando D. Bajoulo puxou das cangalhas do marinheiro Mocho, com fundos de garrafa, e as pôs junto às suas órbitas. Viu quatro homens feitos a paparem as traseiras miúdas de quatro mancebos ainda sem cúelhos (...). No interrogatório ficou a armada a saber pertencerem os quatro cavaleiros à "Casa Real dos Erres", propriedade dos Panascas de Santarém. Os nomes não deixavam dúvidas que estavam apostados em mariquices: Sóacres, Gâmeda, Tenebroso e Ferritinhos (...). Tinham obrigado as quatro alminhas a fumar e a sentir a textura dos seus charutos. Os réus foram de imediato deitados ao rio, com pesos nos pés, antes que os seus amigos viessem amnistiá-los".
Pelas 10 horas da manhã de sexta-feira, 26 de Maio, o Seixal é surpreendido por uma esquadra de 80 navios (chalupas, cocos, repimpas e camaras de ar) manobrando ao largo. Perto das 16 horas Sir Francisco Americano Traque, dá ordem para o desembarque às forças de D. Tubarão e D. Trovão, que ocupam de imediato o primeiro Bar da terra.
"A comunistagem que fugia era tanta, que pareciam as pulgas a abandonarem o Lopes, depois do fidalgo Daniel lhe ter deitado umas barcaças de Xeltox. Deixaram para trás as donzelas, mais peludas que o capitão Porão, cada qual com um buço maior que a pintelheira de Dona Quitéria Barbuda (...). Nem para o B_ _ _ _E estas comunas servem, gritou o Alcaide Zé Pincél, pedindo desesperado aos Paço Arquianos que o levassem para a Gloriosa RYAPA".
Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas
Viva o Comandante Guélas

Monday, April 04, 2005


ECCE HOMO


"Por todo o lado deparo com gente a reclamar-se Paço Arquiano e amigo do Comandante Guélas"
Tubarão

Os Ensinamentosdo GUÉLANISMO


Canto I

Como se chega a ser o que se é

O Comandante Guélas é um pensador que se lê com uma emoção profunda, com a alegria da autêntica descoberta. Guélas é um filósofo! Há nele um misto de Pascal, de Tubarão, de Rousseau, de Mocho, de Kierkegaard e de Conan Vargas. O pensamento de Guélas representa um perigo para a esquerda ressabiada, pois é um pensamento lógico, justo, socialmente útil e humanamente correcto. Guélas é considerado o grande libertador das formas de pensamento arbitrário de Paço de Arcos, e da própria Europa. A obra do Comandante Guélas e da sua RIAPA aparece com uma intenção transmutadora e como um sopro revolucionário e heróico, desrespeitando as formas de pensamento sagradas e dos valores impostos por uma revolução caduca. Ele fustiga o conhecimento imaculado dos comunas, desvenda as obscuras origens daquela gente e liberta o ser humano das grilhetas que lhe foram impostas.A obra da RIAPA traz consentimento e genial impulso ao pensar. O Comandante Guélas não se limita a denunciar uma crise de valores, ele exibe essa crise na intrínseca relação do ser e do saber. O pensamento só vale quando nele se joga todo o homem Paço Arquiano e, mais que isso, quando todo o RIAPIANO é tido em conta. Devido ao Comandante Guélas e aos seus pares, surgem cada vez em maior número em Paço de Arcos aqueles que se interrogam: "para que é que eu vim para este Mundo"? (Milhas, 1984).O senhor Milhas Alá Beduíno Azias, uma figura ímpar de Paço de Arcos, surge assim entre os mais paradoxais pensadores de Paço de Arcos, na forma e no conteúdo do pensamento. Além dos passos de estranha e rara beleza deste beduíno, o seu jeito para conduzir motas já o colocou a sorrir serena e omnimodamente para S. Pedro. Mas na altura não o quiseram no Céu, pois diria com toda a certeza: porque é que eu vim para o Céu?O Comandante Guélas exige novos valores para o futuro e a sua exigência encontra um eco cada vez maior na Net. É uma ruptura completa com a filosofia imposta pela esquerda ressabiada.

Canto II
Os Ensinamentos do Comandante

Não há nada mais simples do que encontrar um livro sobre a RIAPA. Em 99% dos casos são elogios, porque as suas teses sempre inspiraram os sábios ao longo dos tempos. E daí o renascimento contínuo do Comandante Guélas e a sua presença constante por detrás dos acontecimentos históricos. O seu livro "RIAPA ou Morte" é um "best-seller" a nível mundial, das leituras na Net nos últimos dois anos. Dizem os entendidos que já se venderam vinte milhões de exemplares, e que muitos comunistas já se converteram ao Guélanismo. A sua mensagem passa, de boca em boca, e por via escrita. Esta mensagem deve-se ao desencanto da racionalidade e do cansaço da Esquerda, com todos os seus efeitos de faltas de resposta para a grande questão do Milhas: porque é que em vim para este mundo?.E com isto fica respondida a eterna questão, a Morte, porque ou RIAPA ou Morte. É simples, muito simples. O Comandante Guélas vem resolver os problemas. A razão de ser de tanta agitação reside no aspecto cultural paço arquiano, que tem as suas raízes na Terrugem, tanto de feição Tradicional (Linha Manelito da Carroça), como Ortodoxa (Linha do Ánhuca), como Protestante (Linha da Quitéria Barbuda). O livro "RIAPA ou Morte" é uma literatura importante na hora histórica e cultural que vivemos, por dois motivos: o primeiro, o essencial, consiste na substância da revelação, o casamento de Bajoulo e Tita dos Pés Sujos e o segundo, a forma esotérica de apresentar o assunto, o Bajoulo a beber sumo de laranja na boda. Tanto a forma e o conteúdo caminham de mãos dadas. O povo já não quer "segredos" e "enganos", quer a Verdade. Com este livro é reposta a verdade dos factos, escondida há séculos. O Comandante Guélas traz consigo uma Nuvem de Verdade, a promessa de todos atingirem o Pleroma. Guélas sabe que todos estão sedentos de Unidade!

Canto III
As Escritas do Mestre

O Comandante Guélas é o Profeta do Levante, que pugna, acima de tudo, pelos grandes valores universais, transcendendo culturas, países e religiões. Na sua obra oral, além da paixão pela sua figura no espelho, encontram-se ecos da poética Sufi e Paço Arquiana, sobretudo Milhista. No entanto, a todas incorporou com um sentido muito próprio, dizendo a este propósito:"A minha doutrina diz que apenas existe uma única religião abstracta e absoluta, na qual as manifestações são múltiplas - o Guélanismo. Porque somos todos filhos de Paço de Arcos, e as diversas ruas representam os diferentes dedos da única mão amorosa do Guélas Supremo, que se dirige na vossa direcção com ardor, para nos guiar à braguilha das calças".Considerado por todos os Paço Arquianos como um profeta dos tempos modernos, o Comandante Guélas tem sempre um largo acolhimento na Net, pois a sua obra pictórica e escrita funcionam como um todo. As escritas do Comandante Guélas têm como primado causas justas, que levam os leitores a nunca mais o quererem deixar de ler.
Livros do Comandante Guélas
"A pedra Marcada pela Insistência das Mijas"
Aqui o Bajoulo afirma a partir de uma pedra marcada por séculos de mijas de Paço Arquianos, estar "cansado", sem "tesão", "à rasca do cu", onde uma voz tremida pela Besana é interrompida pelo relâmpago dum peido de companhia, que lhe dá um certo amparo naquela noite fria, em cima da V5 gamada em Monte Gordo e escondida na casa do Conan. É neste momento que ele escreve na pedra o nome da Tita com um jacto de mijo. No dia seguinte o tesão de mijo aparece como um esforço de dor, uma tensão estética, uma espécie de música partida no extermínio do quotidiano pessoal."O horror. A fotografia parada do horror. A Tita está nua a seus pés. E nele, encerrado, o grito. O corpo parece o de um bacalhau Pascoal, o tamanho das unhas dos pés dão a ideia de uma águia".Aqui a imagem do Paço Arquiano Bajoulo é clara, rigorosa e final, como a Verdade. É uma forma de a arte estar a comprometer-se com os outros a partir do dentro de um só. É o sábio grito de Epicteto!
"O chão serviu-lhe de Cama"
É uma obra breve, muito breve, porque o herói se chama Milhas, e é o Paço Arquiano mais complexo. É um herói da tragédia antiga no âmago da sua destruição. Milhas é um real sem saída.
"O Senhor Peido"
Trata-se de um escrito de prosa, em estrofes, dos flatos do Graise, carregado de uma meditação reiterativa que recusa reivindicar-se de "fenomenal", para se afirmar enquanto "resistência em face da ameaça". Graise está sempre alerta!

Canto IV

O 69

O Comandante Guélas vive em perfeita integração com o Cosmos. A sua vida é um exemplo de como a contemplação, juntamente coma inteligência prática, trazem a felicidade à blogosfera. Ele combina metafísica com física, o místico com o real, a erudição com o discernimento, as bejecas com os tremoços, no "Tino", e por isso é feliz e está integrado em Paço de Arcos e este no Cosmos. Todos os dias a página do Comandante Guélas recebe grupos de pessoas que vão beber da sua sabedoria no seu apêndice eriçado, e a todos conta que foi através da contemplação e do uso do contemplado, e de umas bejecas que sobraram da viagem na "Deusa", que encontrou a resposta.
- E qual é a resposta, mestre? -Perguntou um dia o pecador Luis Rainha.
- Sessenta e Nove.
- Sessenta e nove, mestre?
- O número sessenta e nove. Ele mudou a minha vida, e pode mudar a tua.
E o Comandante Guélas contou que, nas suas viagens, quando ainda era um pobre cobridor da Linha de Cascais, descobria que o sessenta e nove comandava os destinos de muitos Paço Arquianos, era o número da harmonia, eram os nove pontos cardeais (exclusivos de Paço de Arcos), somados aos quatro elementos da vila - Cerveja, Vinho Casal Garcia, Laranjada e Água -, somados aos cinquenta e seis desfalques feitos pelo Pierre Pomme-de-Terre. Não nos podemos esquecer também dos 3 princípios básicos da alquimia de cada Paço Arquiano: metano, cevada e urina.E o Comandante Guélas contou que nas suas muitas cobrições de intelectual generoso, descobriu que eram doze as cuecas do Bajoulo, com as quais o imperador da Terrugem, o Manelinho, alimentava a terra, para assim assegurar aos seus súbditos bons ânus. Sessenta e nove eram as portas da quinta do Leacok, sessenta e nove eram os filhos do Manelinho, 69 eram as bejecas que o Bajoulo consumia diariamente depois do casamento com a Tita, etc.,etc.E o Comandante Guélas contou que num dia sem fêmeas, o pior de penúria e dívidas, consultou o Tarot do Milhas e tirou o décimo segundo arcano maior, a carta do Irmão Janeca, que marca o apogeu de um ciclo evolutivo: o dia do "Porque é que eu vim para este mundo"? Um sinal de que estava à beira da redenção o 69 o salvaria. Sonhou então naquela noite com a Quitéria e que uma força poderosa impelia a sua língua para aquelas cuecas de renda amareladas. E começaria a lamber por onde? Decidiu-se pelo pintelho 69. O acto aumentou o seu poder de contemplação filosófica e trouxe-lhe a Felicidade.
- Mestre, onde ficam essas cuecas, que eu já estou a salivar?- Perguntou Luis Rainha.
O Comandante Guélas sorriu.
- Procura as tuas próprias cuecas. Já te fiz o diagnóstico, é só começares a lamber.

Ánhuca

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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