FILOSOFIA

Outros Mundos

Na Antiguidade Clássica, alguns filósofos gregos, como Leucipo (480-420 A.C.) e Demócrito (460-370 A.C.), defenderam a hipótese da pluralidade de mundos habitados, mas quem dominou o pensamento ocidental nos séculos seguintes foi Aristóteles (384-322 A.C.). Segundo ele, a Terra era um centro habitado por seres mortais e imperfeitos, enquanto os céus eram perfeitos e incorruptíveis. Neste Sistema Cosmológico, não tinha sentido falar em outros mundos.Na Idade Média cristã foram raros os pensadores que retomaram o tema. Santo Agostinho (345-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274) condenaram a ideia da pluralidade dos mundos. A possibilidade de Cristo ter aparecido apenas num mundo particular ou de ter aparecido repetidamente em vários mundos era intolerável.
“A Primeira Causa (Deus) não pode fazer vários mundos” – São Tomás de Aquino.
Com a revolução cosmológica de Copérnico (1474-1543) tudo mudou. A Terra passou a ser um planeta entre outros, todos orbitando o Sol. A separação absoluta entre o mundo terreno e o mundo celeste desapareceu.
“Diálogo dos Dois Grandes Sistemas do Mundo” – Galileu (1564-1642)
“O Sonho” – Johannes Kepler (1571-1630)
“O Mundo na Lua” – 1638 - John Wilkins
“O Outro Mundo, ou os Estados e Impérios da Lua” – 1656 – Cyrano de Bergerac
“Cosmotheoros” 1698 – Christiaan Huygens
“A Pluralidade dos Mundos” – Bernard Le Bouyer de Fontenelle (1657-1757)
“Principia” – Isaac Newton (1642-1727) – “o sistema precisara de ser posto em marcha pelo Criador”
“Teoria do Céu” – Emmanuel Kant (1724-1804) – “A matéria de que são construídos os habitantes dos diversos planetas, deve ser de uma natureza tanto mais leve e mais subtil (…) quanto mais os astros estiverem afastados do Sol (…). Por um lado podemos ver criaturas pensantes perto de quem o gronelandês e o hotentote seriam Newtons, e por outros seres para quem Newton não passaria de um macaco”.

Tubarão

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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