CAMARATE

O General com Medo

O General Ramalho Eanes foi o Responsável Máximo do Fundo de Defesa Militar do Ultramar (FDMU), órgão este extinto em 1980.
Há uma diferença enorme de Valores de Milhões de euros entre as verbas contabilísticas e as verbas expressas em extractos bancários. Nunca houve nem planos de acções, nem relatórios de contas, que eram geridos pelo Gabinete do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
O Fundo foi extinto 16 dias antes do Desastre de Camarate. Tem de haver uma Investigação séria aos documentos datados de 1974 a 1980. Ninguém poderia ter movimentado o Fundo, visto que estava à ordem do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).
Eanes tem de responder às seguintes perguntas:

- Qual aplicação dada às verbas que estiveram, durante alguns anos, fora da conta do FDMU e que estavam à Ordem do Banco de Angola?
- Porque é que não houve aprovação dos relatórios financeiros do Fundo entre 1978 e 1980?
- Qual a razão da movimentação pelo CEMGFA das contas do FDMU, depositados no Banco de Angola?
- Qual a razão e proveniência das transferências de verbas do Gabinete do CEMGFA, através da conta do Fundo no Banco de Angola?
- Qual a origem e destino dos valores da Conta do Gabinete do CEMGFA no Banco de Angola, até 11 de Novembro de 1980?
- Quem geria as verbas afectas a algumas rubricas das Despesas com as Forças Militares?

Eanes talvez se tenha esquecido disto tudo, da mesma maneira que se esqueceu da Casa Pia.
Será Alzheimer?

Luis Rainha

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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