Saturday, March 26, 2005

Inovação / Desenvolvimento

Os últimos dados da Eurostat mostram um recuo em Portugal.
Portugal gastou, em percentagem do PIB, mais com o Ensino do que a República Checa. No entanto, nesta finalizam o secundário mais de 90% dos alunos. O sistema checo tem o dobro da eficácia.
O grande problema em Portugal é a falta de definição do que é SER PROFESSOR. Para se ser médico é necessária a licenciatura em medicina, e quando há falta destes profissionais, não se põe bombeiros voluntários, socorristas, enfermeiros, etc. Em Portugal o Ensino tem de tudo! E assim, despejam-se, na maioria, conteúdos, em vez de se CRIAREM APRENDIZAGENS! Os alunos não fogem da física e da matemática, fogem sim do mau ensino nestas disciplinas. Não basta ser engenheiro para ser professor de matemática. Veja-se a resistência que os sindicatos e o poder político têm em dar autorização para uma Ordem de Professores. A Ordem viria a pôr em ordem a classe.
Os países que registam grande desenvolvimento, têm conseguido atrair os melhores alunos para as engenharias. Na China mais de 40% do total de licenciados, são de cursos de engenharia, na Finlândia mais de 20% e em Portugal apenas 10%.
Sem engenheiros não há desenvolvimento tecnológico nem inovação.
Em relação à criação de propriedade intelectual, verificamos, por exemplo, que a Finlândia regista anualmente nos EUA e na Europa mais de 300 patentes por milhão de habitantes, enquanto que Portugal só regista seis.
O Ensino das Engenharias em Portugal também tem de mudar. Os professores têm de ser avaliados e os conteúdos têm de ser drasticamente diminuídos e orientados, para permitir aos alunos um maior desenvolvimento das suas capacidades de engenharia e de pensamento estratégico. Os futuros engenheiros têm de ter pensamento crítico sobre as matérias dadas, e um espírito de inovação.
Bolonha é uma boa oportunidade para repensar o ensino da engenharia nas universidades portuguesas.

Ánhuca

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas

Viva o Comandante Guélas

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